Chisinau, a capital da Moldávia
- blogviajantee
- 2 de mai.
- 5 min de leitura
Um roteiro de um dia pela mais importante cidade desse país tão pouco explorado.
Chisinau (Chișinău), localizada às marges do Rio Bic, é a capital e mais populosa cidade da Moldávia, com cerca de 500 mil habitantes. Foi fundada em 1436, fazendo parte do Principado Moldavo. Com a indepência do país em 1991, a cidade assumiu o posto de capital. Atualmente, Chisinau ainda mantém muito da arquitetura construída durante a época soviética, com avenidas largas e edifícios quadradões. Por fim, é considerada uma das cidades mais arborizadas da Europa, possuindo belíssimos parques.
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Em nosso segundo dia na Moldávia, optamos conhecer Chisinau, e para iniciar nosso roteiro pela cidade, saímos cedo de nosso apartamento, para caminhar até o primeiro destino de nosso roteiro, a Catedral Metropolitana da Natividade de Cristo (Catedrala Mitropolitană „Nașterea Domnului). Essa é sem dúvidas a principal igreja da cidade, e pertence a religião ortodoxa, a principal religião da Moldávia. A catedral foi construída durante a década de 1830, mas sofreu com os bombardeios da Segunda Guerra Mundial, tendo de ser restaurada posteriormente.

Logo em frente a catedral, está a Torre do Sino, também construída na década de 1830. A torre acabou sendo destruída pelos comunistas em 1962, sendo a construção atual do ano de 1997.

Mais alguns passos além da torre, e chegamos a outro dos principais monumentos de Chisinau, o Arco do Triunfo (Arcul de Triumf). Bem menos monumental que seu irmão parisiense, o arco de Chisinau possui 13 metros de altura e foi construído em 1840. O monumento homenageia a vitória russa sobre os otomanos durante uma das Guerras Russo-Turca, que ocorreu entre os anos 1828 e 1829.

A poucos metros do arco está localizada a Prefeitura de Chisinau (Primăria municipiului Chișinău). Esse é na minha opinião o mais belo dos edifícios da cidade, com uma bela fachada de cor amarelada. Foi construído entre os 1898 e 1901, e assim como a catedral, sofreu consideráveis danos durante a Segunda Guerra.

Voltamos então para a frente do Arco do Triunfo, dessa vez do outro lado da larga Avenida Boulevard Estevão, o Grande e Santo (Bulevardul Ștefan cel Mare și Sfînt). É aqui que está o Monumento às Vítimas da Ocupação Soviética (Piatra comemorativă a victimelor ocupației sovietice și ale regimului totalitar comunist), revelado no ano de 2010. Esse monumento, estrategicamento localizado onde no passado existia um monumento ao líder comunista soviético Vladimir Lenin, tem como objetivo relembrar um momento da história do país, que foi o domínio soviético, e homenagear as vítimas desse regime.

Seguindo nosso roteiro por cerca de meia quadra, chegamos ao Monumento a Estêvão, o Grande (Monumentul lui Ștefan cel Mare), construído entre 1924 e 1927, obra do escultor moldavo Alexandru Plămădeală. O monumento homanegeia o mais importante governante da história moldava, Estevão III. É ele quem está representado em todas as cédulas de Leu Moldavo. O monumento foi posicionado onde antes havia uma escultura do Czar russo Alexander II, porém, durante a invasão russa à Bessarabia, em 1940, teve de ser realocado, para evitar sua destruição, tendo sido recolocado apenas no ano de 1989.

Do monumento, seguimos por mais alguns metros pela grande avenida, até chegarmos ao fotogênico Letreiro “I Love Chisinau”. E logo atrás do letreiro, um prédio construído entre 1984 e 1987, com uma aparência um tanto quanto desengonçada (na minha opinião), mas com uma importante função, o Palácio Presidencial (Palatul Președinției), residência oficial do (atualmente “da”) presidente do país.

E ao lado do letreiro, uma cadeira de proporções bem acima do padrão (rsrs), na qual é claro que sentamos para mais fotos bem turista.

De frente ao Palácio Presidencial se encontra o Parlamento da Moldávia, construído entre 1976 e 1979.

Finalmente deixamos a grande avenida da cidade e caminhamos por cerca de 800 metros até um dos principais museus de Chisinau, o Museu Nacional de Etnografia e História Natural (Muzeul Național de Etnografie și Istorie Naturală). Fundado em 1889 como um museu agrícola, é considerado o mais antigo de todos os museus da Moldávia. Sua coleção foi se expandindo ao longo dos anos, tendo atualmente cerca de 200 mil items, em sua maioria ligados a natureza e a cultura na Moldávia. A entrada no museu nos custou apenas 50 MDL por pessoa, e ficamos no museu por cerca de uma hora. Os destaques do museu com certeza são o gigantesco esqueleto muito bem preservado de um Denotério, animal pré-histórico muito parecido com um elefante, que viveu no território moldavo há cerca de 7 mil anos atrás; o esqueleto completo de um urso; e a sala conhecida por “Big House” onde são exibidos, entre outras coisas, trajes típicos do país.



Já era quase uma da tarde quando deixamos o museu, e como ainda não havíamos almoçado, fizemos uma parada na que talvez seja a mais famosa rede de restaurantes da Moldávia, o La Plăcinte. E é claro que escolhemos o mais famoso prato moldavo, a Placinta, um tipo de pastel folheado e recheado, acompanhado da também mais famosa cerveja do país, que leva o nome da capital.

Do museu, cerca de 600 metros caminhando até chegar no que provavelmente é o mais famoso parque da cidade, o Parque Vale dos Moinhos (Parcul Valea Morilor), localizado às margens do lago de mesmo nome. Dentro do parque fica a Escadaria da Cachoeira (Scara Cascadelor), uma bela escada de 218 degraus.

Além disso, ao redor do lago, um caminho utilizado principalmente pelos locais, para realizar caminhadas e corridas, e ao longo do qual, está uma pequenina estátua, que chama atenção dos que por ela passam, a Estátua do Pequeno Príncipe.

Concluimos nosso roteiro na cidade e voltamos ao nosso hotel para descansar um pouco. Com a chegada da noite, optamos por sair jantar naquele que, segundo avaliações da internet, é considerado o melhor restaurante da cidade, o Pegas Terrace e Restaurant. E realmente o restaurante merece o título, visto que é bastante elegante, possui comida deliciosa, uma ampla carta de vinhos, com muitas opções moldavas e ainda um preço relativamente barato.

Conhecer Chisinau foi surpreendente, afinal não esperávamos encontrar uma cidade tão jovem e vibrante, com tantos bons cafés e restaurantes e com um centrinho tão bonito, limpo e organizado. Certamente é uma capital a ser considerada para quem busca algo fora das tradicionais cidades turísticas européias.
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